Produção de Arcos de forma sustentável

A extinção em andamento do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata) pode significar ainda mais do que simplesmente o fim de um dos símbolos naturais do Brasil. Isso porque a madeira do Pau-Brasil, além de ser de excelente qualidade para utilização na construção naval, construção civil e em trabalhos de torno em marcenaria de luxo, é a única empregada na confecção de arcos de instrumentos musicais como o violino, o violoncelo, o contrabaixo e as violas. Músicos do mundo inteiro reconhecem que os arcos destes instrumentos devem obrigatoriamente ser feitos com Pau-Brasil. Isso porque a madeira confere a melhor sonoridade, elasticidade e suavidade que se pode esperar para os arcos destes instrumentos.
O problema é que o Pau-Brasil é uma árvore em processo de extinção. E por isso o corte da madeira nativa é proibido desde 1987. Sendo assim, músicos do mundo inteiro estão apresentando iniciativas para o plantio da árvore para a produção dos arcos musicais. Mas a árvore leva 25 anos para crescer. Atualmente, a única fonte de Pau-Brasil disponível são peças feitas desta madeira, como pontes, cercas e construções antigas, mas que estão também se tornando cada vez mais raras.
Marco Raposo plantou quase 7 mil mudas de Pau-Brasil em seu sítio em Cachoeiro do Itapemirim (estado de Espírito Santo), mas deverá esperar o longo tempo para que as árvores cresçam. Um dos principais fabricantes de arcos musicais no Brasil, Floriano Renato Rupf, concorda que a madeira é insubstituível para a fabricação dos arcos. Uma iniciativa interessante reuniu músicos e fabricantes de arcos musicais, que criaram a International Pernambuco Conservation Initiative, para fornecer recursos para o plantio da árvore – o objetivo é plantar 2,3 milhões de mudas.
Para que a música também não acabe.
Porque será que ninguém no Brasil teve a idéia de elaborar uma proposta para o plantio de Pau-Brasil para a produção de arcos musicais? Seria uma iniciativa não somente bela, por revalorizar a árvore símbolo da pátria e a música, mas que poderia render algum trocado. Mas existe um projeto desta natureza, que está sendo desenvolvido pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP de Jaboticabal.
A fonte de informações para esta postagem foi reportagem publicada no número de novembro/2009 da Revista de História da Biblioteca Nacional. Veja cópia escaneada da reportagem, aqui.
Autor do Post:Professor Roberto G. S. Berlinck: Instituto de Química de São Carlos, Universidade de São Paulo
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2 comentários
Olá Washington!
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